sábado, 8 de novembro de 2008

O que faria se pudesse voltar aos principais momentos de sua vida?

Um dia inteiro para visitar os mais emocionantes...

Eu começaria pela sala da casa de Campinas. Sentar-me-ia no chão e esperaria meu pai chegar com a bonequinha japonesa de roupa cor-de-rosa.
Seguiria para a casa de minha tia Carmo e com ela conversaria por horas para mais um abraço e mais um beijo. Comeria seus quitutes e riríamos na cozinha da casa dela.
Seguiria para o Sul em qualquer dia das viagens maravilhosas que fazia com a Su.
Congelaria meu tempo e olharia meus filhos recém nascidos, um em cada braço em um eterno e poderoso abraço, como se tivessem nascidos juntos.
Ouviria a primeira palavra da Vivi que não pude presenciar.
Subiria mais uma vez na pedra de Anita e de lá contemplaria Laguna sob o forte sol.
Mergulharia na praia da Feiticeira em Ilhabela até perder o fôlego.
Abraçaria meu pai em comemoração ao meu ingresso na Faculdade em 1991.
Beijaria minhas avós. Ambas, uma de cada lado e as apertaria tão forte quanto o amor que por elas sinto.
Tomaria um café com meu avô André e o ouviria contar como minha bisa Isabel veio parar no Brasil por engano. Cavalgaria com meu avô Nicolau.
Andaria de bicicleta pela primeira vez sem rodinhas no prédio da Rua José Antonio Coelho.
Escorregaria em Rubião com meus primos em um enorme papelão até ralar a testa ou os joelhos.
Desceria novamente a ladeira do Bairro Alto em Botucatu no rolimã com meu primo Rafael.
Teria estendido aquela conversa que tive com minha mãe, a primeira e única, quando abri meu coração e chorei em seu colo.
Daria de novo o primeiro beijo no Dedi.
Receberia de novo a notícia da gravidez do William.
Andaria na praia de Itanhaém grávida de 6 meses, com meu pai em uma noite fria do mês de julho de 2004.
Iria dançar com a Palupi na Up and Down até as câimbras aparecerem.
Dirigiria para a casa da Cris com a Paola, pararia no Mc Donald´s e iria conhecer Manuela.
Dançaria com a Ofélia no acampamento de Jaguariúna.
Abriria meu primeiro carro e meu apartamento pela primeira vez.
Choraria no Cartório de registro de imóveis quando ganhei minha casa.
Veria da cabine do piloto, Salvador se aproximar.
Calçaria as pantufas do Museu Imperial em Petrópolis.
Sentiria o sol, deitada na escuna na Ilha de Itaparica.
Para terminar, ouviria as gargalhadas da minha irmã antes de dormir e minha mãe nos chamando a atenção.
Abraçaria aquela boneca e com ela seguiria para uma noite de tempestade, quando acordei e fui bater no quarto de meus pais. Meu pai levantou-se e me explicou sobre a chuva, sobre os trovões e pude dormir com sua voz ao meu lado.
Algumas coisas aconteceram e eu as reviveria, outras nunca aconteceram, mas se dependesse de mim, nesse dia, se realizariam.