quinta-feira, 10 de novembro de 2011

E lá se vão meus “inta”. Bom dia meus “enta”.



Quando se é criança, parece ser tão velho e distante esse dia. Quando a adolescência chega, pensamos até em terceira idade e pessoas velhas, cansadas.
Então chegaram meus 40.
Como um filme, parei para lembrar tantas coisas. Avaliei minha caminhada para chegar até aqui. É claro que tudo valeu a pena. Não me arrependo de absolutamente nada.
Chego aos 40 com a cabeça erguida, missões cumpridas, uma família abençoada e que amo muito. O coração ainda cheio de sonhos que insisto em não abandonar.
Amigos vieram. Amigos partiram. O tempo passou. Depressa. Muito depressa.
Sinto meu corpo cada dia mais limitado e a idade começa a deixar suas marcas. Em meu rosto, em minha coluna, em minhas mãos. Marcas do tempo que nem penso em apagar.
Cada uma delas mostra uma etapa. Mostra que vivi e vivo plenamente cada dia como se fosse o último. Um dia, com certeza, será.
Obrigada Grande Mãe. Por tudo o que me trouxe e também pelo que levou de mim. Pela serenidade que sinto nesse momento. Pelos sonhos que ainda hei de realizar.
Por meus filhos amados, perfeitos. Aqueles que continuarão meus passos e serão sempre reflexos nítidos de minha vida.
Pelos meus pais que foram e sempre serão o início de tudo. Abençoados sejam.
Por minha irmã que tudo desses 40 anos compartilhou.
Por meus sobrinhos que abriram o caminho das memórias da infância.
Por minhas memórias que revisito constantemente.
Por meus amigos. Poucos, mas especiais.
Obrigada pelas batidas do meu coração, pelo ar que respiro, pelo sol e pela lua. Obrigada por minha capacidade de realizar, promover, criar e trabalhar.
Obrigada por meu caminhar, por poder dançar, abraçar e beijar àqueles a quem amo.
Suas bênçãos em minha vida são muitas e sinto o quão especial e amada sou. Para ti, uma eterna criança.
E assim continuo. Nada mudou, apesar do espelho insistir em me desmentir.
Obrigada.
Muito obrigada. Por tudo e por todos.