quinta-feira, 14 de abril de 2011

Queria dizer que sinto sua falta.



Queria dizer que estou muito p...da vida por fazer o que fez.
Não dava para esperar? Agora que ferrou com tudo eu vou ter que esperar mais só os deuses sabem quanto tempo e você talvez ainda mais, mesmo porque talvez reencarne em um outro país e eu tenha que esperar mais 100 anos ou 200 pelo nosso reencontro.
Sacou o que fez? Vc tem consciência da imensa m.. que fez?
Eu fico aqui com um ódio de você e de suas atitudes infantis e inconsequentes que destruíram quaisquer possibilidades de reencontro.
Eu queria gritar ao invés de chorar. Queria poder te esmurrar até que minhas mãos doessem pela sua falta de dignidade e esperança.
Eu sei o que fez. Eu sim sei o que fez. Não importa os que os jornais dirão ou o que a tv mostrará, se é que vai mostrar. Você é um menino mimado que a dor não conseguiu endireitar.
Um estúpido espírito que vai vagar por muito tempo perdido entre brumas que eu não posso alcançar.
Ninguém nunca vai contar nossa história? Ninguém nunca vai conseguir confirmar nada do que sei? Nunca, jamais vou saber se estou louca ou se você realmente fez parte disso tudo?
Poderia ter me dado uma chance. Pequena, mas que eu saberia aproveitar.
Estúpido egoísta!
Fico aqui pensando, sofrendo e tentando relevar, superar. Impossível.
Presa nesse mundo esperando só os deuses sabem o que. Querendo respostas que jamais terei e ter que conviver com essa verdade é cruel demais.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

E lá se vai mais um. Abrindo caminho entre as brumas.

De doze, agora restam cinco. Uns em festa, outros tristes.
Para sempre vou me lembrar dele. Nas férias, quando morávamos no Rio de Janeiro, ele foi nos buscar no aeroporto em são Paulo para, de carro, irmos até Botucatu.
Passávamos as férias lá.
No caminho, a brasa do cigarro dele voou queimando meu lindo vestido rosa novo e queimando meu dedo. Tenho uma enorme cicatriz no indicador esquerdo.
Ele era o tio da bagunça, o tio dos churrascos, aquele que queria sempre receber e como sabia fazer bem isso. Um homem preocupadíssimo com todos. Carinhoso, feliz.
A maior parte da infância passávamos na casa dele, ou no carro dele indo para algum lugar ou ainda vendo-o preparar o porco assado que minha avó gostava, ou a linguiça para as crianças que parece até hoje, só ele sabia fazer do jeito que gostávamos.
E lá se vai mais um...