segunda-feira, 6 de abril de 2009

Manoela

Aguardava na sala, ansiosa pelo encontro.
Enfim conheceria um espírito.
Nunca antes vi ou presenciara tal manifestação.
A porta do quarto se abriu, chamaram-me e eu entrei.
Uma luz suave e um perfume doce emanavam de uma moça sentada em uma cadeira, toda recolhida e com um lenço vermelho nos cabelos. Alguns colares e um sorriso tão radiante que o quarto parecera de repente iluminar-se por completo.
Ela me saúda e se apresenta: Manoela.
Eu nunca mais fui a mesma.
Fevereiro de 1996 e por sete anos mais pude conhecer os passos, e principalmente aprender com essa doce mulher. Uma verdadeira Mãe.
A emoção e a vibração tão fortes que as lágrimas eram inevitáveis.
Lembro-me que sempre pedia meu sorriso e nunca minhas lágrimas, mas como boa filha de Oxum, não resistia.
Ainda sinto sua presença. Acredito que ela jamais tenha partido, apenas espera que aquietemos o coração para ouvi-la, pois está sempre perto a nos irradiar amor.
Como sou privilegiada por conhecê-la, por tê-la podido ouvir.
Agora mesmo, enquanto escrevo lembro de suas palavras, choro e sinto saudades.
Que posso fazer? Consigo tudo, vê-la em sonhos, ouvi-la quando me aquieto, mas ainda assim quero o abraço.
Quem a abraça jamais permanece o mesmo.
Converte-se em um ser portador de luz que ela, generosamente reparte. Torna-se mais humano, perdoa mais, ama mais, concede mais.
Obrigada por fazer parte de minha vida.
Yah habibit albi maik (minha querida, meu coração está com você)

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