quarta-feira, 6 de abril de 2011

E lá se vai mais um. Abrindo caminho entre as brumas.

De doze, agora restam cinco. Uns em festa, outros tristes.
Para sempre vou me lembrar dele. Nas férias, quando morávamos no Rio de Janeiro, ele foi nos buscar no aeroporto em são Paulo para, de carro, irmos até Botucatu.
Passávamos as férias lá.
No caminho, a brasa do cigarro dele voou queimando meu lindo vestido rosa novo e queimando meu dedo. Tenho uma enorme cicatriz no indicador esquerdo.
Ele era o tio da bagunça, o tio dos churrascos, aquele que queria sempre receber e como sabia fazer bem isso. Um homem preocupadíssimo com todos. Carinhoso, feliz.
A maior parte da infância passávamos na casa dele, ou no carro dele indo para algum lugar ou ainda vendo-o preparar o porco assado que minha avó gostava, ou a linguiça para as crianças que parece até hoje, só ele sabia fazer do jeito que gostávamos.
E lá se vai mais um...

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