quinta-feira, 2 de outubro de 2008

E assim aconteceu...(atendendo a pedidos)

Meu carro havia sido destruído por um motorista incauto do Colégio Dante Alighieri. Ele simplesmente decidiu que iria da segunda faixa da Alameda Santos para a Alameda Campinas comigo junto.
Eu, em meu Fiat Uno Mille, surtei!
Sem carro, ia de ônibus para a agência onde trabalhava em Moema. Meu carro no concerto, eu no terminal Ana Rosa, ouço um feminino “Billy”. Quando me chamam assim, volto uns 20 anos no mínimo.
Era a Adélia. Uma fofa que estudou comigo e que fora por anos namorada do Denis. Mas isso já é outra história. Sei que durante todo aquele dia eu me lembrei da turma de 88 no Benjamin Constant.
Trocamos figurinhas, falamos sobre o passado e sobre o que o tempo fizera conosco.
Entro no ônibus, trabalho e volto para casa pela primeira vez na vida, direto. Sempre saía e dava uma “esticadinha” com as amigas.
Naquele dia, parecia que o universo não desejava isso e me fez passar a chave na porta de casa pontualmente às 20h quando tocava o telefone.
Atendi no desleixo, sem vontade e ouço um “Billy, adivinha quem está falando?”.
Esse telefonema foi o bater de asas da minha existência nessa vida. Foi o grande efeito borboleta.
Era o Dedi me convidando para tomar um suco no Barnaldo.
Lá fui eu. Tomamos tudo menos suco.
Falamos do passado, demos risada. Fomos até o Tatuapé em busca dos amigos e naquela madrugada do dia 11 de outubro de 1996 enquanto Renato Russo morria, eu renascia nos braços daquele que seria o grande amor da minha vida.
Fico imaginando quantos efeitos borboleta ainda mais acontecerão comigo. Sim, porque tudo em minha vida parece a Lei do Caos. Não o Caos como forma negativa de eventos, mas como transformação...
Desse bater de asas, vieram muitos outros bateres.
Dessa pequena borboleta, geramos muitas lagartas. De dois amados filhos a projetos que temos juntos.
Comento hoje com uma grande amiga que sinto-me incomodada com tanta dependência. O incentivo, o apoio, o diálogo que parece inevitável ante qualquer ação. Parece que se não puder dividir com Dedi, a coisa não funciona.
Quero registrar o quanto sou feliz e o quanto amo e admiro esse homem maravilhoso que fez minhas borboletas baterem asas e transformarem minha vida na mais completa alegria.
Um homem que admiro pelo simples fato de existir, me compreender e me amar.
Sinto que muitas vezes peco pela minha ausência, mas sinto que ele não se importa e me ampara seja em que momento for.
Realmente, amor não é para uma vida só. É para muitas...

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