terça-feira, 14 de abril de 2009

A Páscoa

Para os cristãos, momento de renascimento. Para mim, feliz coincidência de fatos marcantes.
Na páscoa de 1989 ganhei de meus pais o primeiro carro. Um gol quadradinho verde-pus (ai que horror esta comparação). A liberdade de poder guiar um carro era uma incrível sensação. Minha irmã ia e eu voltava dirigindo. Como receosa do bendito volante, nem sempre essa foi a regra. Por vezes ela ia e voltava.
Nossos passeios? Coisa de irmã. Gastávamos desnecessariamente gasolina, rodávamos pelos Jardins e acabávamos parando na Swensen's tomar sorvete todo domingo à tarde.
O meu era o de sempre: chocolate, malte e marshmallow. Que delícia. Pena que conto os quilos extras ganhos nessa fase até hoje.
Tardes preguiçosas de verão. Gente bonita na porta da sorveteria. Uma delícia.
Nosso carro era o nosso mundo e nos divertíamos demais. Perdíamos-nos, paquerávamos, vivíamos todo o poder da juventude sobre quatro rodas.
Páscoa de 2009. Vinte anos depois. Isso mesmo, 20 anos depois, ganho meu primeiro apartamento. Acho que meu pai nem se lembra disso. Vai lembrar quando ler este texto (rs).
Uma feliz e indescritível coincidência.
Meu coelhinho na verdade é um coelhão de 1,75 mais ou menos, lindos olhos verdes e charmosos cabelos brancos.
É. Talvez a vida seja apenas uma série de fatores e coincidências incríveis. Uma sucessão de fatos marcantes e momentos de emoção.
Talvez, se eu puder descrevê-la a um ET, seja esta expressão usada para melhor fazê-lo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Realmente, não me lembrava. Você tem certeza? Então tá.