domingo, 6 de maio de 2012

Existe alguma forma de guardar emoções?



Digo, além da memória que, aos poucos vai se tornando esfumada e perdida? Desconheço melhor, que escrever.
Passei a tarde com minha tia Adail hoje. Momentos tão importantes em minha vida. Uma pessoa tão importante em minha vida. Ao longo das três horas que ficamos ali, na cozinha de sua casa, regados a um delicioso café, o maravilhoso papo.
Memórias. Infância. Momentos mágicos que passei ao lado dela desde menina.
Tudo reaviva. Cheiros, emoções, sensações...O amor incrível que carregamos por vidas.
Risos, aconchego, carinho... Como precisava disso...Mesmo tendo marcado para ir pela manhã, só conseguimos chegar lá à tarde e assim estava ela, com o bolo que fez para nos esperar, um abraço imenso para nos receber e um carinho imenso para compartilhar.
Sinto-me em casa. Uma casa além do que conheço ou posso descrever. Parece um grande ninho de lembranças boas que o tempo insiste em apagar, mas que a excepcional memória dela, precisamente revive trazendo a mesma emoção, vencendo as barreiras do tempo.
Uma vontade imensa de ficar ali, ao lado dela. Mas o tempo passa e os compromissos nos cobram o retorno.
Lembranças tão maravilhosas que desesperadamente dependemos para conseguir olhar adiante.
Tempo cruel e voraz. Consumindo nossas vidas, nossas horas, nossas lembranças.
Pudera por um só instante congelá-lo. Impedir que levasse quem amo. Impedisse a separação e o apagar das boas lembranças.
A deixamos com a promessa do retorno. Para ficarmos mais tempo e podermos lembrar ainda mais. Para rir ainda mais, vivenciar ainda mais. Antes que o tempo consuma, ainda mais.
Obrigada, querida. Foi maravilhoso, como sempre.

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