quarta-feira, 25 de julho de 2012

Meus cachinhos


Já disse isso várias vezes, mas vou repetir. Ficar sem você dói demais.
A casa fica vazia. Meu eu perde-se, o silêncio tortura.
Não que fosse diferente, pois você fica em seu quarto o dia todo em um universo paralelo, mas eu fico aqui.
Ontem até pude ouvir a porta do quarto se abrindo e ouvir sua voz me interrompendo no escritório.
São tantas lembranças, filha. Não apenas dessa, mas de muitas vidas onde certamente estivemos juntas.
Sei que está feliz e divertindo-se, mas dá para voltar logo?
Lembrei-me de uma cena ontem à tarde. Você dançando no reflexo do sol na sala da casa onde morávamos em Itatiba. Devia ter uns dois anos e meio. Estava de fraldas e com o chapéu do seu pai. Minha ciganinha de cachos negros dançava sob o sol. Na ocasião registrei em meu diário para sempre lembrar quando lesse. Não esperava que esta memória viesse sozinha, mas veio.
Cachinhos brilhando ao sol, seu sorriso imenso, sua alegria.
Que ela jamais se apague. Que o tempo jamais roube seu sorriso e que eu possa suportar a distância cada vez mais, pois sei que, em breve você estará cuidando da vida.
Você é a maior prova de que o amor é eterno.
Já disse que te amo hoje?


Um comentário:

VanderleiDR disse...

Linda mensagem. Amo você. beijos.