segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher




Há milênios essa data não precisava existir. Em outras civilizações, éramos tratadas de forma semelhante e em outras éramos as líderes e comandávamos uma nação.
Foi preciso uma fatalidade para que pudéssemos ter voz. A mesma voz antes tão ouvida.
Hoje nos vemos como rivais e não como amigas ou irmãs.
Comparamo-nos umas às outras com inveja. Exercemos nossa crueldade tratando-nos com descaso.
Houve um tempo onde nossa sabedoria e tudo o que nos cercava era regado a festas e rituais de passagem.
Assim como as fases da lua e as faces da Deusa, nossa vida acompanhava o calendário de celebrações.
A menarca já foi considerada profana e as mulheres eram afastadas de seu convívio social por serem impuras. Antigamente não era assim. Era o período mais próspero, pois provava que o ciclo da vida permanecia movendo-se em sintonia com o universo.
A roda da vida cantada em harmonia junto à natureza.
Assim provando, minha pequena passa hoje por seu rito mais importante, deixando de ser menina para ser mulher.
Por que me admiraria de ter justo hoje acontecido? Minha sintonia com a Grande Mãe é tão forte que não seria de outra forma.
Celebro em meu coração e em minha casa este rito de passagem.

"Devemos lembrar-nos como e quando cada uma de nós passou por uma experiência da Deusa e se sentiu sarada e integral por causa desta. São momentos santos, sagrados, intemporais, embora por mais inefáveis que se possam revelar, sejam difíceis de reter em palavras. Mas, quando qualquer outra pessoa menciona uma experiência semelhante, isso pode evocar as sensações que voltam a captar a experiência; se bem que só aconteça se falarmos da nossa vivência pessoal. É por isso que necessitamos de palavras para os mistérios das mulheres, o que parece exigir que uma de cada vez explicite o que sabe - como tudo o mais que é de foro feminino. Servimos de parteiras às consciências umas das outras (...)” Jean Shinoda Bolen – compilado do texto original de Soraya F. Mariani.

"A Deusa torna o corpo e a vida sagrados, e liga-nos à divindade que permeia toda a matéria: o seu órgão simbólico é o útero.
O seu órgão de conhecimento é o coração.
Tanto o coração como o útero são vasos através dos quais a vida desperta. São ambos cálices para o sangue que os enche e os esvazia. Um sustenta a vida, o outro traz novas vidas ao mundo”. Jean Shinoda Bolen – compilado do texto original de Rosa Leonor

Parabéns minha querida. Que sempre saibamos cuidar desta sintonia e que sempre nos lembremos que somos seres sagrados e em eterno equilíbrio.
Te amo!

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