sexta-feira, 14 de março de 2008

Obscuro

O olho sangra a visão do mundo obscuro.
Leio textos que não devia ler. Vejo imagens que não posso ver. Sinto o que não devo sentir, ou devo?
Descubro um universo obscuro e faço as pazes com meu lado negro.
Sangro e me desdobro em lágrimas e medo.
Tento escapar do ócio, do óbvio e do indolor.
Tento celebrar a vida, sem pensar na morte e em suas conseqüências.
Solto os cabelos, presos por toda a tarde, e os liberto para a noite que me espera.
Dispo-me de minhas virtudes e falsa moral para, nua, mostrar-me insana ao espelho da suíte.
Devaneio. Incendeio. Durmo.

Publicado em 05/10/2005 09:12

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