quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Carta para meus pais: família

Hoje o pai da Elaine foi operado…Correu tudo bem, ele está bem...

Tudo isso mexeu muito comigo e fico pensando se aproveitei todas as oportunidades que a vida me deu para dizer o quanto amo vocês.
Estou sentimental esses dias. Deve ser a idade nova...
Não escrevemos mais cartas. Mandamos e-mail. É mais rápido, mas tão frio. Não tem nossa letra. Não borramos mais a tinta com as lágrimas que insistem em cair.
Molhamos o teclado e os dedos...Sou melhor escrevendo. Me atrapalho quando falo. Prefiro a escrita... Herança, lembra?
Eu os amo muito e também faço fofoca de vocês todo dia. Mesmo que seja por um breve momento.
Agradeço aos Deuses por terem me dado vocês e por sempre poder contar com vocês.
A boneca japonesa. O formigueiro. A catapora. O limoeiro e o pé de Jaboticaba. As corridas de rolimã na descida da ladeira. O bolinho de chuva. As risadas. Os passeios de bicicleta, patins e o que mais houvesse no Parque do Ibirapuera. O teatro de fantoches na Praia do Flamengo. As manchas de mercúrio cromo. A cesta de pique-nique no clube. Os bolos decorados com a turma da escola. Os mais quinze minutos na porta da festa. As histórias ilustradas até tarde (para nós era).
O colo até o quarto quando fingia dormir no sofá. O boletim colorido mais vermelho que azul. As oportunidades, as segundas chances, o amor e o carinho. Os conselhos. A vida.
Tudo isso passa tão depressa. É impossível deter a alvorada e reter a areia do tempo. Mas é tão bom lembrar...Sentir essa emoção de novo.
Amo amo amo muito vocês e tudo o que são e sempre serão para mim e, por consequencia para meus filhos que ajudam a demonstrar esse amor que é grande demais só para eu sentir.
Incrível como as crianças sabem, sentem e demonstram amor por aqueles de quem sentem ser recíproco. Ele aumenta dia a dia.
Vivi chora de saudades. O William quer vê-los e pergunta todo dia onde vocês estão na porta da escola.
Isso é a coisa mais importante que temos na vida: FAMÍLIA.
Agradeço por sempre saber o que isso significa e não ter ficado à mingua. Pudera eu ter muitas crianças para mostrar o que isso significa. Não meus filhos, mas crianças que crescerão, viverão e morrerão sem jamais conhecer essa emoção.
O abraço da chegada. O beijo da partida. A saudade da ausência e a ansiedade do reencontro.
Que todos pudessem sentir o que sinto e ter o que eu sempre tive...

QUE DEUS OS ABENÇÕE SEMPRE!


Com todo meu amor...

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